Relembre o que o papa Francisco falou de Lula, Dilma e Bolsonaro
Lula e Dilma foram os dois últimos presidentes brasileiros a se encontrarem com o papa Francisco no Vaticano
Publicado: 21/04/2025, 17:00

Entre os diversos líderes mundiais recebidos no Vaticano pelo Papa Francisco durante os 12 anos em que o pontífice representou a Igreja Católica, estão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que foram os dois últimos presidentes brasileiros a se reunirem com Francisco. Apesar de não ter se encontrado com o líder religioso, Jair Bolsonaro (PL) foi tema indireto de ao menos uma fala do religioso.
Em 2023 o Papa afirmou que o presidente Lula havia sido condenado sem provas e que a ex-presidente Dilma Rousseff tinha “mãos limpas”. A fala ocorreu em entrevista à rede argentina C5N sobre o conceito de “lawfare” – uso do sistema de Justiça de determinado país para perseguição política de adversários.
“O caminho é aberto com os meios de comunicação. Deve-se impedir que este chegue a tal posto. Então o desqualificam e metem sobre ele a suspeita de um delito. E fazem todo uma denúncia criminal, uma denúncia enorme, onde não se encontram [provas]. Mas para condená-lo basta mostrar o tamanho da denúncia. Onde está o delito? Aqui? Sim, parece que sim. Assim foi condenado Lula”, disse à época.
Na mesma entrevista ele disse que Dilma Rousseff sofreu o impeachment mesmo sendo inocente.
“O que aconteceu com Dilma? Uma mulher de mãos limpas, mulher excelente”, disse Francisco.
O último encontro de Lula com o Papa aconteceu em junho de 2024, durante a cúpula do G7, na Itália. Dois meses antes, Francisco recebeu, no Vaticano, a ex-presidente Dilma Rousseff, que atualmente é líder do Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como Banco Brics.
Apesar de não ter citado diretamente nenhum nome, em 2022 o Papa fez uma declaração polêmica envolvendo o Brasil. Na época, o país passava pelas eleições presidenciais.
“Peço a Nossa Senhora Aparecida que proteja e cuide do povo brasileiro, que o livre do ódio, da intolerância e da violência”, disse o pontífice. Apoiadores de Bolsonaro chegaram a expressar abertamente descontentamento com o posicionamento de Francisco e a acusar o líder religioso de defender Lula.
Bolsonaro e o Papa nunca se encontraram presencialmente, apesar de, em 2021, o ex-presidente brasileiro ter estado em Roma para a cúpula do G20.
Nesta segunda, do hospital onde está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Brasília, Bolsonaro postou uma mensagem para o Papa.
“O mundo e os católicos se despedem daquele que ocupava uma das figuras mais simbólicas da fé cristã: o Papa. Mais que um líder religioso, o papado representa a continuidade de uma tradição milenar, guardiã de valores espirituais que moldaram civilizações”, disse Bolsonaro.
As informações são do Metrópoles